quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Osteoporose

Dentista pode identificar sinas de osteoporose pelo raio-x
Nova maneira de diagnosticar a osteoporose ajuda no tratamento precoce e poderá gerar grande economia.
O cirurgião-dentista André Leite comprovou um método auxiliar para diagnosticar a osteoporose. Sob a orientação da professora Ana Patrícia de Paula, da Reumatologia do Hospital Universitário de Brasília (HUB), o pesquisador investigou formas de identificar a doença por meio de radiografias tiradas da boca dos pacientes. O novo método poderá gerar uma significativa economia para o Sistema Único de Saúde.
Segundo ele, por meio de uma análise odontológica, um cirurgião-dentista é capaz de indicar um paciente para a avaliação médica antes que ele caia, frature o osso e seja internado. A pesquisa faz parte da dissertação de mestrado Correlação entre os índices radiomorfométricos de radiografias panorâmicas e a densidade mineral óssea em mulheres na pós-menopausa, defendida na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília (UnB).
Leite avaliou 351 mulheres na pós-menopausa (principal grupo de risco para a osteoporose) e comparou o resultado dos exames de densitometria óssea – utilizados para diagnosticar a doença – com os aspectos das radiografias panorâmicas analisadas. O pesquisador percebeu que, por meio de uma avaliação visual do desgaste de um osso da face, a mandíbula, é possível predizer se o paciente possui osteoporose ou baixa massa óssea.
“Os pacientes com a parte cortical da mandíbula fina têm 15 vezes mais
chances de desenvolver osteoporose do que aqueles que apresentam a espessura normal”, explica Leite. “Isso acontece porque a osteoporose é sistêmica, ou seja, afeta todos os ossos do esqueleto, que se desgastam por igual.”
A radiografia panorâmica é um exame simples, utilizado para avaliar os dentes e os ossos da face de um paciente de uma só vez. De acordo com o pesquisador, este é um bom procedimento de triagem na Odontologia, pois serve para identificar a presença de restaurações, a quantidade de dentes e se há processos infecciosos ou lesões de cárie. “Ele dá uma visão ampla para a condição da saúde bucal”, diz o cirurgião-dentista. E tem uma grande vantagem.
“O melhor é que, agora, com a radiografia panorâmica, é possível priorizar os pacientes que precisam fazer a densitometria óssea”, destaca o pesquisador. “Além de o exame ter alta sensibilidade, ele tem alta especificidade. O paciente que tiver a cortical normal, sem perda óssea, não tem necessidade de fazer o exame específico.”
E como a radiografia da boca é um exame básico, de rotina, sua utilização para predizer a doença pode auxiliar no diagnóstico precoce da osteoporose. Essa prática já vem sendo adotada na Clínica Odontológica do Hospital Universitário de Brasília (HUB).

fonte:Secretaria de Comunicação da UNB

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